Encalhe de carros usados nas concessionárias é o dobro do considerado ‘saudável’ para o negócio

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Só as revendas ligadas à montadoras têm estoques para mais de dois meses de vendas; a média para uma boa gestão, segundo especialistas, é de 30 dias

 

Cleide Silva – SÃO PAULO

07 de julho de 2020 | 20h54

 

A queda nas vendas de veículos novos, de 38,2% no primeiro semestre, puxa para baixo também os negócios de modelos usados. O segmento apresentou no período desempenho menos ruim, com queda de 34,7% em relação ao mesmo período de 2019, mas ainda assim preocupante, de acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) divulgados nesta terça-feira, 7.

As vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus usados somaram, no acumulado do ano, 3,347 milhões de unidades, enquanto a de novos totalizou 808,8 mil unidades. A proporção é de quatro modelos usados para cada zero quilômetro comercializado, mesma média verificada na primeira metade do ano passado.

“Este mercado sofreu durante o primeiro semestre, assim como o mercado de novos, pela retração nos negócios e pela dificuldade dos registros nas transações pelo fechamento dos departamentos estaduais de trânsito (Detrans)”, diz Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave. “Outro fator relevante foi o período em que as concessionárias permaneceram fechadas, durante a quarentena mais restritiva.”

Estoques elevados

O que diferencia os dois segmentos são os estoques. As concessionários têm parados em suas lojas volume de carros usados superior a 60 dias de vendas, segundo estudo da consultoria MegaDealer. De novos, entre revendas e fábricas, há estoques para 45 dias de vendas. Levando-se em conta que a maioria das montadoras suspendeu produção por cerca de três meses, o número também é preocupante, dizem as empresas.

“Os estoques de usados chegaram a níveis alarmantes pois uma boa gestão é de um mês ou um pouco mais (de carros parados)”, afirma Fabio Braga, sócio da MegaDealer. “Os lojistas ficam sem liquidez e sem condições de pagar suas contas e os salários dos funcionários.” No ano passado, a média no período era de 39 dias de estoques.

Os dados da consultoria foram coletados em cerca de 3 mil concessionárias de todo o País e não incluem os veículos dos mais de 30 mil lojistas independentes. As revendas autorizadas respondem por cerca de 40% do mercado de usados, informa a MegaDealer.

O valor médio dos carros usados vendidos nas últimas semanas é de R$ 46,1 mil, acima portanto da média verificada no ano passado, de R$ 42,1 mil. “O consumidor que comprava carros mais baratos, e com isso jogavam o tíquete médio para baixo, saíram do mercado”, explica Braga. Segundo ele, quem não foi tão impactado pela crise provocada pela pandemia do coronavírus continua comprando. 

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